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Centenas de prefeituras, presentes em pelo menos 16 estados, iniciaram uma greve nessa quarta-feira (30), unindo-se para demandar repasses de verbas do governo federal. A mobilização ganhou força em municípios de diversas partes do Nordeste, além de outras localidades em estados como Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso.
O cerne da questão envolve o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma parcela da arrecadação de impostos destinada diretamente às prefeituras e financiada pelo governo federal. O FPM é a principal fonte de receita para sete em cada dez municípios, sendo assim, o lema do protesto ressoou: "Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar", embora haja outras demandas também.
Porém, a gravidade da situação reside no fato de que, atualmente, 51% dos municípios estão operando no vermelho, um aumento notável em relação aos 7% que enfrentavam essa condição no mesmo período do ano passado. A crise financeira das prefeituras pode acarretar atrasos nos salários dos servidores municipais, como professores, garis e guardas, além de prejudicar a qualidade dos serviços básicos oferecidos à população.
Diante deste cenário, os prefeitos têm planos para aumentar o impacto de sua voz de protesto. Pretendem se deslocar até Brasília para manifestações e buscar maior apoio do Congresso Nacional nas discussões referentes a essa pauta crucial.