O Partido da Causa Operária (PCO) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou o processo judicial que o coloca como alvo de acusações. Em entrevista recente, Rui, integrante do partido, qualificou o processo contra Bolsonaro como mais um "desmando do Judiciário" e denunciou o que considera ilegalidades cometidas por autoridades, especialmente o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Rui, os bolsonaristas têm sido alvo de ações autoritárias, mencionando prisões de apoiadores de Bolsonaro e a proibição de discutir temas como o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. "Prender alguém que fez live na Internet é ditadura. Proibir de falar das urnas eletrônicas é ditadura. O próprio PT já foi contra as urnas eletrônicas", afirmou, defendendo a urna com voto de papel como alternativa.
O dirigente do PCO questionou a alegação de inelegibilidade de Bolsonaro, argumentando que o ex-presidente foi declarado inelegível por se reunir com embaixadores e discutir o sistema eleitoral brasileiro. "É um direito dele, ele pode falar o que quer. Nós denunciamos isso, que ele foi declarado inelegível por algo absurdo", afirmou.
Rui também se posicionou sobre as acusações de que Bolsonaro estaria tramando um golpe de Estado desde 2021, classificando-as como "sem sentido". O dirigente do PCO rebateu a ideia, destacando que o ex-presidente acreditava que ganharia as eleições e, portanto, "jogou todas as fichas" na disputa. "O 8 de janeiro vai passar para a história do Brasil como um dos debates mais ridículos que já aconteceram", completou.
Por fim, Rui denunciou uma suposta ameaça feita por Alexandre de Moraes a um dos delatores envolvidos no caso, o que, segundo ele, constitui uma ameaça de prisão a familiares do delator. "Ele falou: ‘Se você não melhorar sua delação, vou investigar seu pai, sua mulher e sua filha.’ É uma ameaça de botar todos na cadeia", afirmou, reforçando sua posição contrária ao processo e à atuação do Judiciário.