A forte tempestade que atingiu São Paulo na tarde de quarta-feira (12) provocou a queda de 330 árvores e deixou 74 mil imóveis sem energia elétrica. A região Oeste foi a mais afetada, especialmente a Subprefeitura do Butantã, que registrou 110 quedas de árvores.
A concessionária Enel informou que 173 mil clientes foram afetados pelo apagão, mas 65% já tiveram o serviço restabelecido. As rajadas de vento ultrapassaram os 60 km/h em diversos pontos da cidade, provocando estragos e transtornos.
Fatalidade e estragos pela cidade
Uma das vítimas da tempestade foi o taxista Elton Ferreira de Oliveira, de 43 anos, que morreu após uma árvore cair sobre seu veículo na Avenida Senador Queirós, no Centro. No momento do acidente, ele transportava dois passageiros chineses, mãe e filho.
Além disso, na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, uma árvore atingiu dois veículos, deixando três pessoas feridas. No mesmo local, parte do teto de um restaurante desabou.
A tempestade também afetou instituições de ensino, como a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que suspendeu as aulas devido à queda de galhos no campus de Higienópolis.
Granizo e ventos fortes
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), houve registro de granizo em bairros como Butantã, Pinheiros e Itaquera. O vento atingiu picos de 62,9 km/h na região de Santana-Carandiru e 61 km/h no Aeroporto Campo de Marte.
O Corpo de Bombeiros atendeu 217 chamados para quedas de árvores, três para desabamentos e cinco para enchentes na capital e na Grande São Paulo.
Mesmo diante do caos, São Paulo recebeu um prêmio da ONU pela preservação e manejo sustentável de árvores e florestas urbanas. O anúncio ocorreu horas antes da tempestade que devastou a cidade.
