A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a ajuda externa congelou uma parceria com o Brasil, que treinava brigadistas para combater incêndios florestais. O decreto presidencial, assinado em janeiro, interrompeu o financiamento de diversos projetos internacionais, afetando diretamente o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil.
Parceria interrompida
Desde 2021, o programa era executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), em conjunto com o Ibama, ICMBio e Funai, capacitando profissionais para atuar na linha de frente contra queimadas. Mais de 3 mil brigadistas foram treinados, incluindo mulheres indígenas.
O Ibama confirmou a suspensão após receber um comunicado oficial, destacando que, embora a interrupção não afete diretamente o combate ao fogo, prejudica o aprimoramento técnico e a capacitação profissional no país.
Motivos e impactos da decisão
Trump justificou a suspensão alegando que a ajuda externa norte-americana poderia "desestabilizar a paz mundial" ao promover ideias contrárias às relações internacionais harmônicas.
A medida afetou diversos projetos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), incluindo ações no Brasil voltadas para conservação da biodiversidade, redução do desmatamento e combate a crimes ambientais.
Além disso, o congelamento impactou iniciativas globais, como:
✔ Doações ao Programa da ONU contra a fome (posteriormente retomadas);
✔ Projetos de combate à Aids na África;
✔ Ajuda emergencial para enchentes no RS, que havia recebido US$ 1 milhão em 2024.
Futuro do projeto no Brasil
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios foi inicialmente planejado para durar cinco anos, mas agora seu futuro é incerto. Sem o apoio da USFS, as instituições brasileiras envolvidas tentam manter ou remanejar atividades de treinamento, sem o suporte técnico e financeiro dos EUA.