A cantora Lexa compartilhou, na última segunda-feira (10), a triste notícia da morte de sua filha, Sofia, três dias após o parto prematuro, em decorrência de pré-eclâmpsia precoce agravada pela síndrome de HELLP. A artista estava grávida de seis meses e enfrentou 17 dias de internação antes do nascimento da bebê, ocorrido em 2 de fevereiro.
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional associada ao aumento da pressão arterial e à presença de proteínas na urina (proteinúria). Geralmente, surge após 20 semanas de gestação e pode levar a descolamento da placenta e parto prematuro, aumentando os riscos de complicações para o bebê.
Há duas classificações para a pré-eclâmpsia:
- Pré-eclâmpsia precoce: ocorre antes das 34 semanas de gestação.
- Pré-eclâmpsia tardia: manifesta-se após 34 semanas.
No caso de Lexa, a complicação surgiu precocemente, tornando o quadro ainda mais grave.
Síndrome de HELLP: o agravamento da pré-eclâmpsia
A síndrome de HELLP é um quadro grave da pré-eclâmpsia caracterizado por:
- Hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos);
- Alteração no fígado, que pode levar a falência hepática;
- Baixa contagem de plaquetas, aumentando o risco de hemorragias.
Essa condição pode provocar convulsões, AVC, insuficiência cardíaca, falência renal e edema pulmonar na gestante. No bebê, há redução do fluxo sanguíneo para a placenta, o que prejudica seu crescimento e pode levar ao óbito.
Risco para mães e bebês
Segundo o Manual MSD de Referências Médicas, bebês de mães com pré-eclâmpsia têm um risco quatro a cinco vezes maior de apresentarem problemas graves logo após o nascimento, dependendo do peso e da prematuridade.
Apesar dos esforços médicos e da luta de Lexa para manter a gestação, Sofia não resistiu, deixando a cantora e sua família em luto.