O ex-governador de São Paulo, João Doria, se apresentou como "João conciliador" ao enviar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) atuando como intermediador na correspondência de "reconciliação".
O conteúdo da carta, revelado pelo jornal O Globo, expressa o reconhecimento de Doria sobre "exageros e equívocos" cometidos tanto em relação a Alckmin, com quem já se reconciliou, quanto a Lula. Alckmin, que lançou Doria na vida política, teve um papel importante nesse processo de aproximação.
Na carta, Doria manifesta seu desejo de esclarecer suas falhas: "Queria ter a chance de dizer que errei".
No entanto, Lula demonstrou certa reticência em relação a uma possível reaproximação, apesar de afirmar que "perdoa" o ex-governador tucano. Doria, ao relembrar seu antigo bordão de campanha, comentou: "Quem já foi o 'João trabalhador' agora é 'João conciliador'".
Desde 2022, Doria se afastou da política e assegura que não planeja retornar. Apesar disso, tem buscado se conectar com o governo e outros políticos, visando seus interesses no setor empresarial.
Doria afirmou ao O Globo: "Saí em definitivo da política. Pode escrever. Não tenho raiva, não tenho mágoa e não tenho ressentimento. Mas, para a política, não volto mais." Ele já se reconciliou com Geraldo Alckmin e, em dezembro de 2023, também resolveu diferenças com Rodrigo Garcia, ex-vice governador de São Paulo, e Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB.
Embora ainda não tenha recebido uma resposta direta de Lula, Doria se disse "tranquilo". Ele declarou: "A minha alma é conciliadora. Não odeio ninguém. Não vou retomar uma situação de antagonismo por isso. Se ele leu, ótimo. Minha alma está mais tranquila, espero que a dele também."
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