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Bolsonaro Critica PEC do Fim da Escala 6x1 e Sugere Estratégia para Confrontar Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou recentemente sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a escala de trabalho 6x1, na qual os trabalhadores desempenham atividades por seis dias e descansam por um. Segundo Bolsonaro, essa proposta, defendida pelo PT, é uma tentativa do partido de “renascer” politicamente, criando uma nova dinâmica entre empregadores e empregados no país.

“Jogando o Abacaxi para Lula Resolver”

Durante um evento na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, Bolsonaro sugeriu que os parlamentares da direita "joguem o abacaxi" para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo emendas que compliquem a implementação da PEC para o governo. Entre as sugestões, ele mencionou propor um aumento substancial do salário mínimo para R$ 10 mil como forma de “provocar” o Palácio do Planalto a se manifestar sobre o impacto econômico dessa proposta.

Bolsonaro Critica e Alerta sobre Efeitos na Economia

O ex-presidente também manifestou preocupação com a interpretação do trabalhador sobre a PEC. Em suas palavras, a maioria dos trabalhadores poderia acreditar que uma semana de quatro dias não causaria impacto nos salários ou nos custos dos produtos. Segundo ele, o corte na carga horária semanal poderia encarecer produtos e serviços, prejudicando toda a economia.

A Estratégia de Bolsonaro: Provocar Lula e o PT

Para Bolsonaro, a estratégia de criticar diretamente a PEC pode prejudicar parlamentares de direita. Ele enfatizou que uma abordagem mais estratégica poderia ser adotada: “Se o PT quer resolver tudo na canetada, por que não resolver também o salário mínimo? Que se inclua R$ 10 mil como valor mínimo na PEC, e que o chefe do Executivo, líder da esquerda, precise se pronunciar sobre isso”, declarou.

PECs em Tramitação e a Redução da Jornada de Trabalho

A proposta que está sendo discutida conta com duas versões: uma da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e outra do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). A versão de Erika prevê uma redução imediata da carga horária semanal para 36 horas, com uma jornada de quatro dias e folga de três, enquanto a proposta de Lopes sugere uma transição gradual, em até dez anos, para implementar uma jornada de cinco dias de trabalho por semana.

Com a disputa ideológica em torno da PEC, Bolsonaro alertou seus aliados para os riscos eleitorais de críticas diretas e sugeriu manter a cautela ao se opor à proposta. “O PT está tentando renascer, colocando trabalhadores contra empregadores. Quem se posicionar diretamente contra a PEC pode acabar desgastado, e o resultado eleitoral em 2026 pode ser afetado”, afirmou.

O ex-presidente deixou claro que a proposta de redução da jornada será um tema importante nas próximas disputas políticas, especialmente para a direita, que busca fortalecer sua base para as eleições futuras. A PEC do fim da escala 6x1 permanece em debate, com a Câmara dos Deputados estudando os impactos econômicos e sociais das possíveis mudanças.

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