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PF Apreende Carros de Luxo em Jundiaí Durante Operação Contra Grupo Suspeito de Vender Dados do INSS

 A Polícia Federal realizou uma grande operação que resultou na apreensão de veículos de luxo e na prisão de duas pessoas em Jundiaí e Campo Limpo Paulista, ambas cidades do interior de São Paulo. A ação faz parte da operação "Mercado de Dados", deflagrada pela PF de Cascavel (PR), que tem como alvo um grupo criminoso especializado na obtenção e venda ilegal de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).



O que motivou a operação?

As investigações, que começaram em setembro de 2023, revelaram que a quadrilha tinha acesso a dados confidenciais do INSS, utilizados para realizar fraudes, como empréstimos fraudulentos e saques indevidos de benefícios. O grupo contava com hackers que invadiam os sistemas do INSS, além de funcionários públicos que colaboravam vendendo acesso aos dados. Em alguns casos, os criminosos conseguiam burlar o sistema de autenticação multifator utilizado pelo órgão e manipular as credenciais dos servidores.

Mandados cumpridos em diferentes estados



No total, a operação visou o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão e 18 de prisão preventiva, distribuídos em diversas cidades, incluindo São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Goiás, Distrito Federal e Bahia. Em Jundiaí, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e dois veículos de luxo, incluindo um Porsche, enquanto em Campo Limpo Paulista, um homem foi preso e também foram recolhidos dispositivos eletrônicos.

Impactos da ação

Durante a operação, o Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel autorizou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos investigados, além do bloqueio de R$ 34 milhões em suas contas bancárias. A operação também contou com o apoio do Ministério da Previdência, através da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (Coinp).

Quais crimes são atribuídos ao grupo?

Os envolvidos poderão responder por uma série de crimes, incluindo:

  • Organização criminosa
  • Invasão de dispositivos informáticos
  • Corrupção
  • Violação de sigilo funcional
  • Lavagem de dinheiro
  • Obtenção e venda de dados sigilosos

Se condenados, as penas podem ultrapassar 15 anos de prisão.

Essa operação é mais uma evidência do esforço das autoridades em combater fraudes no sistema previdenciário, visando garantir a segurança dos dados dos beneficiários e a integridade do sistema público.