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Família descobre câmera escondida em banheiro de apartamento alugado e vídeo viraliza nas redes sociais

Uma família de Praia Grande, litoral de São Paulo, foi surpreendida ao encontrar uma câmera oculta no banheiro do apartamento em que vive há quatro anos. O equipamento foi descoberto por acaso quando o marido de Angelica Bitu do Carmo, moradora do imóvel, trocava a lâmpada do cômodo. O episódio rapidamente viralizou nas redes sociais, após ser compartilhado em um vídeo no TikTok, que já acumulou mais de 280 mil visualizações.



Segundo Angelica, que vive no local com o marido e um filho pequeno, a câmera estava instalada no teto, conectada a uma tomada, e com luzes acesas, o que indicava que o dispositivo poderia estar funcionando. A descoberta trouxe sentimentos de invasão e vulnerabilidade à família, que ainda não sabe se a câmera capturou imagens ao longo dos anos em que ocuparam o apartamento.

"Foi aterrorizante. Me sinto exposta, principalmente por pensar que meu bebê esteve vulnerável tantas vezes nesse banheiro. Não sei quem instalou isso, mas é muito perturbador", desabafou Angelica, ressaltando o choque com a situação.

O imóvel, localizado no bairro Aviação, na Avenida General Marcondes Salgado, está sob aluguel há quatro anos, e Angelica é a primeira inquilina fixa. Após encontrar o equipamento, ela entrou em contato com a proprietária do apartamento, que, segundo a moradora, também ficou surpresa com a descoberta e se prontificou a ajudar nas investigações.

"Ela ficou tão chocada quanto nós. Não acredito que ela tenha relação com isso, já que mal usou o apartamento antes de colocá-lo para alugar. Agora, espero que o responsável por instalar essa câmera seja encontrado e responsabilizado", afirmou Angelica.

O caso será levado às autoridades, e a família aguarda o desdobramento das investigações. De acordo com advogados consultados, o episódio pode resultar em implicações tanto civis quanto criminais. Mário Badures, advogado especializado em direito civil, afirmou que a situação representa uma violação dos direitos constitucionais de privacidade e intimidade, o que pode gerar um pedido de indenização por danos morais.

Já no âmbito criminal, o advogado João Carlos Pereira Filho destacou que o caso pode se enquadrar no artigo 216-B do Código Penal, que trata da produção ou registro não autorizado de imagens de nudez ou atos íntimos, com penas que podem variar de seis meses a um ano de prisão, além de multa.

Este incidente chocante tem repercutido fortemente nas redes sociais, levantando questões sobre segurança e privacidade em imóveis alugados.