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DIG encerra atividades de loja de autopeças em Jundiaí após operação policial



A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí fechou, na quinta-feira (12), uma loja de autopeças usadas localizada no bairro Jardim Carlos Gomes, considerada uma das mais antigas e conhecidas da cidade. O estabelecimento, que estava em operação há quase três décadas, foi alvo de uma ação policial após denúncias sobre a procedência duvidosa de suas peças.

A denúncia, que chegou às autoridades locais, indicava que o comércio vendia peças de veículos sem comprovação de origem. Embora o estabelecimento seguisse alguns procedimentos previstos pela lei, como o uso de adesivos de rastreabilidade, a falta de documentação que comprovasse a procedência das peças chamou a atenção da polícia.

Investigação e apreensões

Após a denúncia, uma equipe de investigadores foi enviada ao local para inspecionar o estoque da loja. Com o auxílio de técnicos do Detran, foi realizada uma análise detalhada dos adesivos de rastreabilidade presentes nas peças, utilizados para verificar a origem e a baixa oficial dos veículos no sistema do órgão de trânsito. Entretanto, diversas irregularidades foram identificadas.

Segundo o delegado responsável pela operação, Roberto Souza Camargo Júnior, os adesivos, que deveriam garantir a procedência legal das autopeças, não estavam devidamente registrados. Essa falha levou à suspeita de que o comerciante estaria vendendo peças irregulares, o que resultou na prisão do proprietário da loja.

Prisão e audiência de custódia

O dono da loja foi detido e encaminhado à Delegacia, localizada no bairro Anhangabaú. Posteriormente, ele foi transferido para a Cadeia de Campo Limpo Paulista, onde aguardará a audiência de custódia, marcada para esta sexta-feira (13), no Fórum de Jundiaí. O comerciante está sendo acusado de cometer Crime Contra o Consumidor, além de comercializar mercadorias sem a devida classificação legal.

Peças apreendidas

Durante a operação, a polícia apreendeu uma grande quantidade de peças automotivas, incluindo:

  • 215 portas de veículos,
  • 61 capôs,
  • 16 paralamas,
  • 47 tampas de porta-malas,
  • 23 motores,
  • 30 painéis,
  • 15 faróis,
  • 36 motores de arranque, entre outros itens.

Apesar de o comerciante afirmar que sua loja estava regularizada, as autoridades não conseguiram verificar a origem de muitas das peças, configurando a irregularidade e justificando a apreensão.

Esse caso ressalta a importância de garantir que peças usadas de veículos tenham a devida procedência e estejam de acordo com as exigências legais para evitar fraudes e crimes contra o consumidor.