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A importância do hábito da leitura na infância




Na caminhada entre a inocência da infância e a complexidade da vida adulta, a adolescência se revela como um capítulo crucial na jornada de autodescoberta. É nesse turbilhão de emoções e questionamentos que a leitura emerge como uma bússola, guiando-nos através das tormentas da adolescência.

Tem uma frase de Lya Luft que diz "A infância é um chão que pisamos a vida inteira", e isso nos leva a pensar que o que é construído/vivido nessa fase da vida de cada um de nós, permeia o adulto que nos tornaremos.

Digo que é a fase da "construção do ser" e por isso tão delicada e importante.


Recentemente, o Brasil teve dois finalistas no Prêmio Hans Christian Andersen de Literatura Infantil (prêmio considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil), e um dos mais prestigiados do mundo no campo da literatura. Este prêmio, concedido a cada dois anos pela International Board on Books for Young People (IBBY), reconhece autores e ilustradores que fizeram contribuições significativas para a literatura infantil e juvenil em nível internacional.


As obras finalistas brasileiras são "A Última Porta", de Eucanaã Ferraz, e "Nove Noites", de Mariana Enriquez, ambas representando o talento literário excepcional do Brasil no cenário global.


No Brasil, país rico em cultura e diversidade, a leitura ainda enfrenta desafios para alcançar todos os cantos da sociedade. Apesar dos esforços para promover a alfabetização e o acesso aos livros, muitos jovens ainda lutam para encontrar o caminho para as páginas que podem abrir suas mentes e corações para novos horizontes.


A adolescência é um período de transição e descoberta, onde a leitura desempenha um papel crucial no desenvolvimento pessoal e intelectual. Posso testemunhar isso pessoalmente, pois durante a adolescência, os livros foram minha rocha sólida em meio às tempestades emocionais. Encontrei consolo, sabedoria e inspiração nas páginas das coletâneas de poesia que a minha avó guardava na estante da sala , que não apenas expandiram minha mente, mas também nutriram minha alma.


Nesse contexto, gostaria de indicar uma leitura recente que surpreendeu-me muito positivamente no ano passado.

A obra "Pequena Coreografia do Adeus". Neste livro comovente, somos levados a acompanhar a jornada de uma jovem adolescente lidando com a dor da perda e a busca pela própria identidade. Com uma prosa poética e envolvente, Aline Bei nos transporta para dentro da mente e do coração de sua protagonista, fazendo-nos sentir cada angústia, cada alegria, cada lágrima.


"Pequena Coreografia do Adeus" não é apenas uma história sobre luto; é uma celebração da vida, do amor e da resiliência humana. Através das palavras habilmente tecidas pela autora, somos lembrados da importância de abraçar nossas emoções mais profundas e encontrar força na fragilidade. É uma obra que nos desafia a olhar para dentro de nós mesmos e encontrar beleza nas imperfeições da vida.


Espero que gostem da leitura, que, inclusive, minha filha, uma adolescente de 11 anos, também adorou!

Monteiro Lobato já escreveu: "Um país se faz com homens e livros."

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