Na última semana, o governo do Estado de São Paulo efetuou a privatização da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que conecta a cidade de Jundiaí ao centro da capital paulista, especificamente até a estação Brás. A operação da linha será agora responsabilidade do consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, composto pela CRRC, uma das maiores fabricantes de trens do mundo, sediada na China, e a Comporte, parte do grupo da família Constantino, também proprietária da companhia aérea Gol.
Este movimento faz parte de um plano maior de integração ferroviária, visando a inclusão da linha no projeto do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, que propõe uma conexão ferroviária de média velocidade entre São Paulo e Campinas. A alteração mais notável para os usuários da Linha 7-Rubi, após a mudança de gestão, será a redução de seu trajeto, que não mais alcançará as estações Luz e Brás, terminando sua rota na estação Barra Funda. Esta alteração tem como consequência a necessidade de baldeação para os usuários que desejam acessar as estações que eram previamente atendidas diretamente pela linha.
O governo e a CPTM justificam a modificação do trajeto com a saturação da Estação da Luz, que já não comporta o volume de linhas e passageiros eficientemente. A Linha 7-Rubi, até então, oferecia um serviço direto, conhecido como serviço 710, ligando Jundiaí a Rio Grande da Serra, passando pelas estações Luz e Brás. Com a nova gestão, prevista para iniciar em 28 de junho, após 120 dias da realização do leilão, este serviço será descontinuado.
A Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) de São Paulo, responsável pelo processo de concessão, informa que até a data de transição, o serviço 710 continua operando normalmente. Após essa data, será necessário que os passageiros com destino ao Brás realizem uma baldeação na Estação Barra Funda. A SPI destaca ainda que está trabalhando para melhorar a interoperabilidade entre as linhas de trens urbanos, visando aprimorar o serviço prestado aos usuários e reduzir os tempos de viagem.
Esta mudança impacta diretamente os usuários que utilizam a Linha 7 para acessar as estações Luz e Brás, importantes centros de integração do transporte público na capital, onde se conectam várias outras linhas do metrô e da CPTM. Passando a exigir baldeações adicionais para alcançar destinos que antes eram atendidos diretamente pela linha.