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Brasil Lidera Debate sobre Criptomoedas e Economia Digital no G20



Em um movimento estratégico no cenário econômico global, o Brasil, assumindo a liderança no debate sobre a digitalização financeira no G20, colocou em pauta a importância das criptomoedas, CBDCs (Central Bank Digital Currencies - Moedas Digitais emitidas por Bancos Centrais) e outros ativos digitais. Este tópico emergiu como um dos principais assuntos na primeira das quatro reuniões dedicadas à economia digital, sinalizando o crescente reconhecimento do potencial transformador dessas tecnologias na infraestrutura financeira mundial.

Durante esta reunião, realizada em Brasília, o Brasil não apenas apresentou as criptomoedas e CBDCs como foco dentro do amplo tema do governo digital, mas também destacou áreas como inteligência artificial, desinformação e conectividade significativa. A presidência brasileira do Grupo de Trabalho da Economia Digital do G20 delineou prioridades focadas na inclusão digital, construção de infraestrutura pública digital confiável e inclusiva, integridade da informação online e uso de inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável e redução de desigualdades

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, havia anteriormente expressado o desejo de discutir os benefícios das CBDCs para transações financeiras e a necessidade de adaptar regulamentações para aproveitar o potencial dessas novas tecnologias. Este enfoque alinha-se com os esforços globais para estabelecer diretrizes regulatórias para as criptomoedas, conforme refletido em um relatório conjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), endossado pelos membros do G20. O relatório enfatiza a necessidade de implementação rápida e coordenada de políticas, estendendo a cooperação e compartilhamento de informações além das jurisdições do G20​​.

A reunião também serviu como plataforma para discutir outras dimensões críticas da economia digital, incluindo o desenvolvimento de infraestruturas públicas digitais, identidade digital, compartilhamento de dados e pagamentos digitais. A experiência do Brasil com o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que proporcionou benefícios econômicos significativos, foi destacada como um exemplo de sucesso. O Pix contribuiu para a redução de custos de transação e facilitou o acesso a finanças digitais para milhões de pessoas, reforçando a inclusão financeira no país​​.

Além disso, a segurança na economia digital e o desenvolvimento de habilidades digitais foram temas abordados, ressaltando a necessidade de proteger os usuários mais vulneráveis e reduzir lacunas de capacitação digital. A iniciativa brasileira de conectar quase 140 mil escolas públicas à internet exemplifica os esforços para avançar na capacitação digital​​.

Este enfoque do Brasil no G20 reflete um compromisso com a promoção da inclusão digital e o aproveitamento da tecnologia para avançar no desenvolvimento econômico sustentável e na redução das desigualdades. A adoção de criptomoedas, CBDCs e a discussão sobre regulamentações necessárias para sua implementação segura e eficaz são passos importantes nessa direção, apontando para um futuro em que a economia digital é acessível e benéfica para todos​​​​.

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