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Parlamento Sul-Coreano aprova lei histórica proibindo consumo de carne de cachorro

 


Nessa terça-feira (9), o Parlamento da Coreia do Sul deu um passo significativo ao aprovar uma lei que proíbe a criação, abate e venda de cães para consumo de carne. Tradicionalmente parte da culinária sul-coreana, essa prática encerra anos de abate nacional.

O projeto recebeu impressionantes 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional. No entanto, entrará em vigor após uma espera de três anos, aguardando a aprovação final do presidente Yoon Suk Yeol.

A nova legislação prevê punições severas, incluindo três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (cerca de US$ 23 mil ou aproximadamente R$ 112 mil) para aqueles envolvidos na criação, abate e venda de carne de cachorro para consumo.

O consumo de carne de cachorro era uma tradição arraigada na Coreia do Sul, estimando-se que cerca de um milhão de cães fossem consumidos anualmente. No entanto, recentemente, o número diminuiu drasticamente devido à crescente adoção de cães como animais de estimação.

Ativistas de direitos dos animais pressionaram o governo por anos para proibir essa prática, contando com o apoio do presidente Yoon e da primeira-dama Kim Keon Hee, crítica aberta ao consumo de carne canina.

"A maioria dos cidadãos coreanos rejeita comer cães e quer ver este sofrimento restrito aos livros de história, e hoje os nossos políticos agiram decisivamente para tornar isto uma realidade", afirmou JungAh Chae, diretor executivo da Humane Society International/Korea.

Uma pesquisa recente revelou que nove em cada 10 sul-coreanos disseram que não comeriam carne de cachorro no futuro. No entanto, alguns agricultores que criavam cães para consumo se mostraram contra as tentativas anteriores de proibição. Estima-se que cerca de 1.100 fazendas criem milhares de cães anualmente para serem servidos em restaurantes em todo o país, conforme dados do governo sul-coreano.

Com informações do Portal IG.

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