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Brasil Avança para Terceira Maior Taxa de Juros Reais Apesar do Corte da Selic


Após o recente corte da Selic nessa quarta-feira (1º), o Brasil surpreende ao subir da quarta para a terceira posição na lista de países com maiores taxas de juros reais, levando em conta a expectativa de inflação. A taxa brasileira alcança 6,9%, posicionando-se atrás apenas da Rússia, com 9,2%, e do México, com 7,5%.

A compilação desses dados foi elaborada pelo Valor Data, baseando-se em informações provenientes do Boletim Focus do Banco Central, da B3 e da Trading Economics. O estudo foca nos países do G-20, um grupo formado por 19 nações e pela União Europeia, que representam aproximadamente 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Curiosamente, nações menos desenvolvidas apresentam taxas de juros reais ainda mais elevadas que as da Rússia, México e Brasil.

O levantamento levou em consideração as taxas básicas de juros dos países, bem como as projeções de inflação para os próximos 12 meses até a última previsão disponível. No caso do Brasil, o cálculo incluiu um derivativo negociado na B3, incorporando as expectativas de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mesmo período.

Além dos líderes Rússia, México e Brasil, a Arábia Saudita se destaca na quarta posição, apresentando uma taxa de 4,1%, seguida pela Indonésia, com juros reais de 3,4%. Em sexto lugar, Reino Unido, África do Sul e Estados Unidos se encontram empatados, com uma taxa de 2,8%.

O Brasil se destacou como o primeiro país da América Latina a implementar um aumento nas taxas de juros, superando Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Agora, o país e a região estão na vanguarda dessa medida. O Banco Central brasileiro reduziu a Selic pela terceira vez consecutiva nesta quarta-feira (1º), de 12,75% para 12,25%, acompanhando uma desaceleração na inflação.

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