Em uma recente entrevista, o economista e deputado estadual Claudio Branchieri, conhecido por sua postura crítica nas redes sociais, manifestou preocupações sobre as direções econômicas tomadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Branchieri, há um receio de que as práticas que considera ineficientes e que marcaram administrações anteriores do Partido dos Trabalhadores (PT) estejam se repetindo e possam levar o Brasil a uma crise semelhante à vivida sob o governo de Dilma Rousseff.
Branchieri, que foi eleito para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul com expressiva votação após uma carreira acadêmica, argumentou que o agronegócio e as medidas adotadas durante o mandato de Jair Bolsonaro ainda sustentam o desempenho econômico do país. Entretanto, ele demonstra preocupação com o aumento da dívida pública e o que ele denomina como "argentinização" da economia brasileira, uma referência às crises econômicas vivenciadas pela Argentina.
Na visão do parlamentar, a estratégia de fomentar investimentos via Tesouro pode até criar empregos rapidamente, mas esses tendem a ser de baixa produtividade, principalmente no setor de comércio e serviços, sem contribuições significativas para o desenvolvimento sustentável.
Ele também critica a mudança da meta fiscal e a atitude do governo em relação ao controle dos gastos públicos, o que, em sua opinião, pode gerar sérios desequilíbrios econômicos e prejudicar o crescimento a longo prazo. Ainda, ele sinaliza a falta de uma estratégia econômica robusta que compreenda a importância do investimento produtivo e da inovação.
Branchieri é um admirador das políticas de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, e é reconhecido por seu posicionamento a favor do liberalismo econômico. Ele levanta dúvidas sobre a sustentabilidade da baixa taxa de desemprego atual, sugerindo que os novos empregos podem ser o resultado de políticas de gastos públicos insustentáveis.
O economista conclui que, apesar dos avanços econômicos conseguidos anteriormente, o Brasil está em risco de retroceder devido às políticas adotadas pelo atual governo, que ele acredita estarem ancoradas em uma compreensão desatualizada e ineficiente da economia.
