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Tabaco causa despesas bilionárias no Brasil e no mundo

 


O Brasil enfrenta um duplo fardo: um prejuízo significativo para a saúde pública e um impacto financeiro de grande magnitude. De acordo com dados recentes, o país gasta uma quantia impressionante de aproximadamente R$ 125 bilhões anualmente para combater doenças associadas ao uso de produtos derivados do tabaco, alertando para uma realidade alarmante que coloca em risco tanto a saúde da população quanto a estabilidade econômica.

Esses números são uma soma tanto dos fumantes ativos quanto dos fumantes passivos, aqueles que sofrem exposição à fumaça do tabaco. Os custos são diversificados e revelam uma visão detalhada dos efeitos nocivos do tabagismo:

  • R$ 50 bilhões em custos médicos diretos: Esse valor representa quase 8% do total de gastos com saúde no país. O fardo sobre o sistema de saúde é notável, com recursos preciosos sendo direcionados para o tratamento de doenças decorrentes do uso de produtos do tabaco.
  • R$ 42 bilhões em custos indiretos pela perda de produtividade: A morte prematura e a incapacidade resultante do tabagismo geram uma redução na força de trabalho do país, afetando negativamente a produtividade e a economia como um todo.
  • R$ 32 bilhões em custos de cuidados de familiares e pessoas próximas: Os efeitos do tabagismo não se limitam apenas ao indivíduo que fuma. Amigos e familiares frequentemente assumem o papel de cuidadores, aumentando a carga emocional e financeira.

É impressionante perceber que, somente no ano de 2020, o tabagismo esteve diretamente ligado a 13% das mortes no Brasil, totalizando um trágico registro de 162 mil óbitos. Esses números enfatizam a urgência de abordar essa questão de saúde pública de maneira vigorosa e eficaz.

Cigarro eletrônico é o novo vilão

Uma tendência alarmante está surgindo entre os jovens, com a popularização dos cigarros eletrônicos, conhecidos como "vapes". Embora o Brasil tenha proibido a comercialização desses dispositivos desde 2009, o consumo entre os jovens está aumentando. Em 2022, o país registrou um surpreendente crescimento de usuários de vape, com 2 milhões de pessoas utilizando esses produtos, em comparação aos 500 mil de 2018. Além disso, as apreensões de unidades de vape também aumentaram significativamente, ultrapassando 1 milhão em 2022, um número consideravelmente superior aos 450 mil em 2021.

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