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Como o Novo Concurso Nacional Unificado Vai Mudar a Seleção para Órgãos Federais



O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou um novo modelo de concurso público, o Concurso Nacional Unificado. Segundo o ministério, o novo formato permitirá que candidatos participem de uma única prova para concorrer a diferentes vagas em órgãos federais que estejam dentro da mesma área de atuação. O anúncio foi feito em uma transmissão ao vivo na última sexta-feira, detalhando um programa que havia sido proposto anteriormente no dia 25 do mês passado.

O objetivo é centralizar as seleções, algo similar ao que ocorre com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A iniciativa busca unificar os processos seletivos para servidores públicos em diferentes órgãos e entidades do Governo Federal.

Na fase de inscrição, os candidatos deverão escolher um bloco das áreas governamentais disponíveis para concorrer. Este ano, o certame oferece quase 8 mil vagas. Após a seleção do bloco, os candidatos devem indicar a ordem de preferência para as posições dentro desse bloco. A comissão organizadora avaliará tanto o desempenho na prova quanto a ordem de preferência indicada pelo candidato para alocá-lo em um cargo. Há também a opção de se inscrever para uma única posição.

A prova será realizada em 179 cidades do Brasil e será dividida em duas partes no mesmo dia. A primeira parte contará com questões objetivas comuns a todos os candidatos, enquanto a segunda terá questões específicas e dissertativas agrupadas por temas.

José Celso Pereira Cardoso Júnior, secretário de Gestão de Pessoas, afirmou que a nova estratégia tem como meta democratizar o acesso às vagas e aumentar as chances de aprovação dos candidatos. Maria Aparecida Chagas Pereira, diretora de Provimento e Movimentação de Pessoal, esclareceu que, apesar de não haver uma lei geral sobre concursos públicos, existem diretrizes que permitem ao ministério inovar na gestão desses processos seletivos.

Quanto às taxas de inscrição, será cobrada uma taxa única, permitindo que o candidato concorra a múltiplos cargos. As normas para solicitação de isenção da taxa permanecerão as mesmas. O cronograma divulgado estipula que os órgãos federais têm até 29 de setembro para aderir voluntariamente ao programa. O edital deve ser publicado até 20 de dezembro, e a prova está prevista para o dia 25 de fevereiro, com resultados da primeira fase a serem divulgados até o final de abril de 2024.

As áreas de atuação foram divididas em blocos temáticos, que incluem Administração e Finanças Públicas com 580 vagas, Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação com 1.015 vagas, Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário com 1.040 vagas, entre outros. O total de vagas é de 7.826.

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