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Condenação Histórica em São Paulo: Filha e Genro Recebem Mais de 40 Anos de Prisão por Homicídio Brutal de Casal de Idosos por Herança Avaliada em Milhões



Em um julgamento que repercutiu em todo o estado, a Justiça de São Paulo proferiu, na última semana, uma sentença condenatória para a filha e o genro de um casal idoso que foram mortos a facadas em 2010. A motivação do crime, segundo a acusação, foi a disputa por uma herança avaliada em milhões de reais.

Roberta Nogueira Tafner de Sousa e seu marido, Willians de Sousa, foram condenados pelas mortes de Tereza Maria do Carmo Nogueira Cobra, de 60 anos, e Wilson Roberto Tafner, de 64 anos, pais de Roberta. O caso ocorreu no condomínio onde as vítimas residiam em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. Nenhum objeto foi subtraído das vítimas na ocasião.

O julgamento foi realizado no Fórum de Barueri e estendeu-se de terça-feira (15) até quarta-feira (16). A pena imposta à Roberta foi de 49 anos, 9 meses e dez dias de reclusão em regime inicialmente fechado, enquanto Willians foi condenado a 42 anos e 8 meses de prisão, também em regime fechado. data-ad-slot="5402324993" data-ad-format="auto" data-full-width-responsive="true">

O casal assassinado, composto pela advogada Tereza e pelo empresário Wilson, foi encontrado morto em sua casa de veraneio no Portal das Acácias. Segundo a acusação, Roberta planejou o crime junto ao marido, que esfaqueou os idosos. Ambos foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado.

De acordo com o Ministério Público (MP), a filha e o genro decidiram matar os idosos para se apropriar dos bens, que incluem nove imóveis e um seguro de vida de R$ 400 mil, totalizando mais de R$ 60 milhões. Com a condenação, Roberta, considerada indigna, não poderá herdar os bens, que possivelmente seguirão para a família de um irmão falecido.

Embora tenham sido presos durante a investigação, Roberta e Willians foram soltos posteriormente e aguardaram o julgamento em liberdade. A defesa anunciou que recorrerá da decisão.

O julgamento foi uma segunda oportunidade de análise do caso, depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou em 2017 um júri que havia absolvido os réus no ano anterior. O motivo da anulação foi a dispensa de testemunhas importantes no caso e o silêncio dos acusados durante o interrogatório.

Na nova rodada do julgamento, os jurados ouviram as testemunhas e os réus, que continuaram negando o crime. A acusação apoiou-se em evidências como o sangue de Tereza encontrado na residência onde Roberta e Wilson moravam e testemunhos que afirmaram que o casal queria a posse do imóvel dos idosos.

O caso, que perdurou por mais de uma década, trouxe à tona uma complexa trama de interesses familiares, incluindo ameaças, desavenças e acusações de roubo dentro do escritório de advocacia da mãe. A sentença proferida pela juíza Cyntia Menezes de Paula Straforini reflete a gravidade das acusações e põe fim a um longo período de incertezas e disputas legais.

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