A 123Milhas entrou com um pedido de recuperação judicial nessa terça-feira (29), enfrentando uma montanha de dívidas que chegam a R$ 2,3 bilhões. Isso aconteceu logo após o anúncio de demissões em larga escala que ocorreu no início da semana, um evento que lançou incertezas sobre o futuro da empresa.
A decisão da empresa de cancelar passagens da sua linha promocional adicionou um elemento adicional de preocupação para seus clientes, deixando muitos deles com planos desfeitos e uma sensação de desconfiança sobre a situação financeira da empresa. O movimento gerou um aumento nos processos judiciais movidos por possíveis clientes, buscando compensações pelo transtorno causado pelo cancelamento.
O procedimento de recuperação judicial, o mesmo que a gigante do varejo Americanas está atualmente enfrentando, é uma medida adotada por empresas endividadas para proteger seus ativos e evitar o encerramento de suas operações. No caso da 123Milhas, essa ação visa não apenas salvaguardar a empresa, mas também evitar um impacto em cascata que afetaria funcionários, fornecedores e clientes. A empresa se torna alvo de proteção contra processos movidos por consumidores, criando um cenário onde a Justiça busca garantir a continuidade das operações da companhia.
A complexidade da situação é exemplificada pelo embate legal em andamento. O Ministério Público de Minas Gerais tomou medidas e entrou com uma ação para bloquear R$ 20 milhões, buscando assegurar uma indenização para os consumidores afetados pelo cancelamento das passagens promocionais. Este é apenas um exemplo de como a situação se desenrola em várias frentes, envolvendo diferentes partes interessadas.
