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Segundo um levantamento recente feito com 160 países pela Walk Free, organização internacional de direitos humanos, mais de 1 milhão de pessoas no Brasil vivem em condições de "escravidão contemporânea". Em termos absolutos, o país ocupa a 11ª posição no ranking mundial dessa grave violação dos direitos humanos.
Entre os 10 primeiros colocados no ranking, estão países como Índia, China, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Indonésia, Nigéria, Turquia, Bangladesh e Estados Unidos. A escravidão contemporânea refere-se a situações de exploração em que uma pessoa é privada de sua liberdade e não pode recusar um trabalho devido a ameaças, violência ou abuso de poder, embora não haja uma definição precisa dessa prática na lei.
Diversos fatores contribuem para a persistência desse problema no Brasil. Um deles é o aumento da chamada "cultura do consumo" em níveis extremos. Embora esse padrão impulsione o crescimento econômico, também pode levar à degradação ambiental e à desigualdade social.
A globalização também desempenha um papel significativo na propagação da escravidão contemporânea. Os produtos fabricados por meio de trabalho forçado são amplamente distribuídos e comercializados internacionalmente. Cerca de dois terços dos casos de escravidão contemporânea estão ligados às cadeias de suprimentos globais.
Em muitos casos, a exploração dos trabalhadores ocorre nos níveis mais baixos da cadeia de suprimentos, como na extração de matérias-primas e nas etapas de produção. No Brasil, especificamente, existem cinco produtos importados que apresentam maior risco de ter sua origem associada ao trabalho forçado: roupas, eletrônicos, óleo de palma, painéis solares e produtos têxteis.
A luta contra a escravidão contemporânea requer esforços conjuntos dos governos, empresas e da sociedade civil. É essencial adotar medidas eficazes para combater essa grave violação dos direitos humanos e garantir a dignidade e a liberdade de todos os indivíduos.
Fonte TheNewscc e Poder360