Ação da Divisão Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos (Deicc) deteve um morador de Jundiaí, de 37 anos, acusado de consumir material de pedofilia pela internet.
Enfermeiro em Cajamar, ele teve apreendidos notebook, telefone celular, mídias e pen drives dentro dos quais imagens de abuso sexual contra criança foram encontrados.
Até mesmo imagens de bebê sendo molestados foram encontrados em poder do acusado, que vinha sendo monitorado pelo Deicc por inúmeros downloads de pornografia infantil na deep web.
Os trabalhos foram coordenados pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, subordinada à Divisão Especializada. Policiais federais também cooperaram na ação, que teve como alvo a residência do acusado e seu local de trabalho em Cajamar.
Em depoimento, o detido contou que há 10 anos baixava estes tipos de arquivo. Começou enquanto cursava faculdade, utilizando computadores da instituição de ensino para ter acesso ao material proibido.
Desde então, nunca mais parou e revelou ainda que amigos da faculdade faziam o mesmo, não sendo informado se ele chegou a identificar quem seriam tais pessoas.
Apesar de utilizar a deep web para conseguir o material, ele acabou identificado pela polícia, que descobriu o IP (Protocolo de Internet) do dispositivo no qual as imagens estavam sendo baixadas.
“Criminosos se valem da deep web porque acham que não podem ser monitorados. De fato, é uma área da Internet sem regulamentação, basicamente, que fica escondida”, explica o técnico em redes Leonardo Vendramin.
Segundo ele, a deep web não é acessada com uso de buscadores, como o Google, por exemplo, e, em alguns casos, não é possível descobrir o IP do usuário, razão pela qual muito conteúdo ilegal é produzido para ela, incluindo material de pedofilia e até mesmo venda de drogas.
“Ocorreu que a polícia tem esse conhecimento e meios para identificar até mesmo esses usuários. Então, acreditar que é possível fazer o que quiser na deep web é, atualmente, um erro muito grande”, finaliza Leonardo.