Apesar das campanhas recorrentes em todo o país para a inclusão de portadores de algum tipo de deficiência, familiares de tais pessoas ainda se veem obrigadas a conviver com um desafio ainda maior: o preconceito.
Moradora de Várzea Paulista, a mãe de um garoto autista recebeu uma infame mensagem por Whatsapp do perueiro responsável por levar seu filho à escola.
Para a surpresa da mulher, o profissional de transporte comentou que não poderia mais conduzir o menino para a instituição de ensino. O motivo seria o pedido de outra mãe, que não o queria no mesmo veículo que seus filhos.
De acordo com o Jornal da Região, tal mulher teria ainda afirmado que, caso o perueiro não atendesse sua exigência, romperia outros contratos de transporte feito com o profissional.
Ele teria oferecido transportar o garoto autista separadamente, sem custo adicional, mas a mãe não aceitou a segregação e ficou ainda mais revoltada ao descobrir que o perueiro havia concordado em não mais levar o estudante junto com outros coleguinhas.
Segundo o JR, o caso está sob a responsabilidade do delegado Rafael Diorio Costa, que assumiu a titularidade da delegacia de Várzea Paulista. Ele iria intimar todos os envolvidos para prestar depoimento antes de encaminhar o caso ao Poder Judiciário.
O caso será apurado como, a princípio, como discriminação à pessoa com deficiência. A pena é de um a três anos de reclusão, além do pagamento de multa ao Estado.
O que diz a lei
De acordo com o artigo 4º da Lei 12.146, de 6 de julho de 2015, “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
Conforme o parágrafo único do artigo 5º da norma, são considerados “especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso com deficiência”, o que agravaria ainda mais o crime cometido pela mulher que conseguiu impedir a transporte do menino autista.
Fonte: Imprensa Policial