As tão sonhadas férias de julho chegaram e, para quem pretende viajar
com seu pet, os cuidados com a saúde de seu fiel companheiro são
indispensáveis. Além de questões burocráticas, antes de “pegar a estrada” é
necessário conferir ainda se as vacinas estão em dia e o que levar para que
esse momento em família não seja marcado por imprevistos.
“A viagem com o seu pet pode ser incrível, desde que a família faça um
planejamento e verifique se tudo está em dia. A idade ideal para o animal viajar
é quando ele estiver com todas as vacinas e vermífugos em dia, ou seja, a
partir de 4 meses. Vale ressaltar que as empresas de transportes aéreos e
terrestres podem ter suas próprias normas e algumas aceitam somente a partir
dos 6 meses de vida”, alerta a médica-veterinária, docente e supervisora da
Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Grupo UniEduK, Aline
Ambrogi Franco Prado.
Sendo assim, a viagem com seu pet começa antes mesmo de vocês “caírem na
estrada”. É indispensável que ele seja levado ao médico-veterinário de confiança,
para que seja emitido o “Atestado de Saúde”. O documento, junto com a
carteirinha de vacinação, jamais deve ser esquecido, pois é quem garantirá que
seu animal de estimação esteja livre de doenças transmissíveis.
Por isso, para emissão do atestado, todas as vacinas devem estar em dia.
Entre elas, destaque para a múltipla e a da gripe. Entretanto, tanto para
viagens nacionais quanto para internacionais, a vacina obrigatória é a da
raiva.
“O animal só ficará doente caso não seja vacinado ou vermifugado. Por
outro lado, uma doença que devemos nos preocupar é a Dirofilariose (verme do
coração), comuns em regiões litorâneas. Assim, se for levá-lo à praia, é bom
conversar antes com o médico-veterinário para saber quais cuidados devem ser
tomados”, explica. “O tutor deve aplicar ainda repelentes para pulgas,
carrapatos e moscas”, ressalta Aline
Ainda para evitar possíveis contratempos, se o passeio for de ônibus ou
avião, vale a pena contatar a empresa, pois cada uma possui regras específicas
para seu amigo. Não deixe de verificar ainda dados como peso e raça, modelo da
caixa de transporte e regras específicas do país ou estado de destino. Além do Atestado
de Saúde e da carteirinha de vacinação, alguns países exigem o Certificado
Zoosanitários Internacionais e microchip.
Mas, se a viagem for de carro, obrigatoriamente o animal de pequeno
porte deve ir numa caixa de transporte e os maiores no banco de trás com cinto
de segurança. Segundo Aline, jamais leve-o com a cabeça para fora da janela,
nem mesmo se estiver trafegando em perímetro urbano.
Pé na estrada
Chegou o grande dia e outros cuidados também são necessários para evitar
contratempos. Para viagens curtas, por exemplo, o ideal é que se pet não coma 4
horas antes. Já a água deve ser retirada com uma hora de antecedência. Se o
trajeto for longo, pare o veículo a cada uma hora, ofereça água e permita que o
mesmo faça suas necessidades fisiológicas. O uso de tapete s absorvíveis (fraldas veterinárias) no
carro ou na caixa de transporte também é indicado.
De acordo com a Aline, não é recomendado oferecer petiscos durante o
trajeto.
“A maioria dos animais passa mal em passeios e viagens. A dica então é
dar algumas voltas de carro, por pequenas distâncias e antes da viagem, para
ver se ele acostuma. É importante que a temperatura interna do carro esteja no
mesmo nível que a externa. Vale a pena ainda levar acessórios para que seu pet
sinta-se em casa. Pode ser um cobertor, por exemplo”, orienta a
médica-veterinária.
“Alguns animais necessitam ainda de medicamentos para enjoos ou estresse.
Nesse caso, é indispensável fazer contato com o médico-veterinário. Por fim, os
gatinhos precisam de atenção especial quanto ao estresse que possam passar nos
passeios de carro”, finaliza Aline.
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