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Arquitetas são sequestradas por falso cliente e sofrem golpes de R$ 180 mil



No último dia 7 de junho, a arquiteta Anna Novaes, de 52 anos, e uma colega dela do escritório de arquitetura foram sequestradas e passaram cerca de oito horas em um matagal no bairro Jaraguá, em São Paulo . Nesta semana, a arquiteta comentou o caso no Twitter após dificuldades para reaver parte dos R$ 180 mil que os criminosos movimentaram das contas delas por meio de aplicativos bancários. As informações são do Uol.

De acordo com Anna, os sequestradores se passaram por clientes e mantiveram contato com ela por cerca de uma semana. “Fomos acertando data, horário… Ele se comportava como um cliente de verdade, para acharmos que era real”, explicou Anna ao Uol.

A arquiteta combinou de se encontrar com o suposto cliente no bairro do Jaraguá e foi até o local acompanhada de uma colega de trabalho. “A gente chegou e já fomos abordadas. Fomos levadas para esse lugar, uma reserva de mata. Tivemos que entrar e fomos obrigadas a informar absolutamente todos os nossos dados bancários e senhas de aplicativos”, disse.

“Eles pegaram crédito pré-aprovado das duas contas que eu tinha: R$ 5 mil no Santander e R$ 130 mil no Itaú. Eu tive que fazer reconhecimento facial no meio do mato, sendo coagida, porque eles estavam armados”, contou a arquiteta.

Assim que os pedidos de empréstimo foram aprovados, os criminosos realizaram as operações de transferência para outras contas bancárias. Além das movimentações por meio dos aplicativos, os bandidos também usaram os cartões físicos das vítimas para fazer compras e saques no cartão de débito.

“O meu tinha limite de transação, mas fizeram a arquiteta que estava comigo ligar para o banco dela para aumentar o limite [que foi concedido pela agência”, lembrou Anna. Após quase oito horas no cativeiro, uma denúncia de um vizinho levou a polícia até o local e as vítimas foram resgatadas. Com a chegada dos agentes, os criminosos fugiram.

Ainda de acordo com a arquiteta, ela conseguiu recuperar o prejuízo, parte pelo seguro que contratou para os cartões. “No Itaú, eles conseguiram estornar o empréstimo e eu não tive que pagar. Já o Santander tratou como se eu realmente tivesse feito o empréstimo. Eu fechei a conta e tive que pagar os custos desse crédito”, afirmou ela.

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