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Como polêmica foi de ‘tororó’ de Anitta a shows investigados de Sertanejos por pequenas prefeituras



"E eu pensando que estava só fazendo uma tatuagem no tororó". A tatuagem no anús de Anitta após um ano, revelou um escandalo de verbas de pequenas prefeituras indo para Show. Tudo começou quando no último dia dia 12 de maio, Zé Neto fez um discurso em Sorriso (MT) zombando da "tatuagem" de Anitta e dizendo que os sertanejos são artistas que "não dependem da lei Rouanet". Após a declaração, Ze Neto entrou na mira dos fãs de Anita. Entre críticas estava o fato de Zé Neto estar atacando a Rouanet, mas estar recebendo dinheiro de uma prefeitura.

Esse tipo de atuação não é exclusividade de Zé Neto e Cristiano. Como mostrou o g1 no último 19 de maio, artistas de outros estilos já receberam altos caches de prefeituras, o que costuma ocorrer sem licitação.

Nas redes sociais, a questão ficou em alta e ganhou a hashtag # CPIdoSertanejo - não há CPI real, mas a questão continuou repercutindo diariamente.

O foco mudou para Gusttavo Lima, Em 24 de maio, o Ministério Público de Roraima abriu uma investigação sobre um cache de R$ 800 mil para show dele em São Luís, cidade de 8 mil habitantes, nesta cidade 32 % vivem em extrema pobreza. Em 25 de maio, veio a público um cache ainda maior de R$ 1 milhão para Gusttavo Lima em Magé (RJ).

No dia 27 de maio foi realizado mais um show com pagamento de R$ 1,2 milhão no interior de Minas, em uma cidade de 17 mil habitantes.O dinheiro veio de recursos que só podem ser usados para educação, saúde ou infraestrutura.

No dia 28 de maio, a prefeitura de Conceição de Mato cancelou os shows. Ainda no dia 28, Anitta comentou no Twitter sobre a analogia que fez com o comentário de Zé Neto: "E eu pensei que estava apenas fazendo uma tatuagem no tororo".

No dia 29 de maio surgiu a informação de que a prefeitura de Conceição do Mato Dentro teria que pagar metade do cachê mesmo após cancelar. O prefeito diz que não vai pagar. Em nota, Gusttavo Lima diz que "não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas

"O valor do cachê do artista é fixado obedecendo critérios internos, baseados no cenário nacional, tais como: logística (transporte aéreo, transporte rodoviário, etc.), tipo do evento (show privado ou público), bem como os custos e despesas operacionais da empresa para realização do show artístico, dentre outros fatores", diz a nota enviada pela assessoria do cantor.


Veja nota de Gusttavo Lima na íntegra:


"O valor do cachê do artista é fixado obedecendo critérios internos, baseados no cenário nacional, tais como: logística (transporte aéreo, transporte rodoviário, etc.), tipo do evento (show privado ou público), bem como os custos e despesas operacionais da empresa para realização do show artístico, dentre outros fatores.

Não pactuamos com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, seja em qualquer esfera.

Toda contratação do artista por entes públicos federados, são pautados na legalidade, ou seja, de acordo com o que determina a lei de licitações.

Com relação a verba para realização de “show artístico”, cabe ao ente público federado agir com responsabilidade na sua aplicação. Não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas para saber qual a dotação orçamentária que o chefe do executivo está utilizando para custear a contratação.

A fiscalização das contas públicas é realizada pelos órgãos: TCU (Tribunal de Contas da União ou TCE (Tribunal de Contas do Estado), de acordo com suas competências, seja a nível Federal, Estadual ou Municipal.

Portanto, qualquer ilegalidade cometida pelos entes públicos, seja na contratação de show artísticos ou qualquer outra forma de contração com o setor privado, deverá ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas e se apurada qualquer ilegalidade, deverá ser encaminhada para a Justiça competente para julgar o ilícito eventualmente cometido."

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