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Polícia analisa circunstância da morte de funcionário em Condôminio de Itupeva


A Justiça irá determinar, como base no inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, se irá responder por assassinato o funcionário do restaurante do campo de golfe do condomínio de altíssimo padrão de Itupeva

A morte ocorreu após o acusado atingir outro funcionário com uma garrafa de vinho na última sexta-feira (13) durante discussão. A vítima, de 48 anos, não levantou mais após o golpe e teve o óbito constatado ainda no local por homens do Corpo de Bombeiros.

A discussão com morte ocorreu no restaurante do campo de golfe existente no local e envolveu dois funcionários que foram às vias de fato em razão de um suposto desacordo sobre a função que cada um deveria desempenhar.

De acordo com o depoimento do agressor, de 35 anos, o desafeto trabalhava na empresa desde março deste ano e foi quem teria dado causa à discussão por acreditar que o declarante tentava agir como chefe, sendo que ambos teriam a mesma função no restaurante.

O autor do golpe contou que, apesar de trabalhar há pouco tempo no empreendimento, aquele funcionário tinha como comportamento habitual reclamar, e que ambos discutiram na última sexta-feira após o declarante repassar informações sobre um procedimento que deveria ser feito.

Ele contou que tal procedimento consistia no acesso ao um sistema e que, para tanto, era necessária uma senha. Foi à frente do computador e tentou explicar ao outro funcionário, que disse que também deveria ter uma senha, e não apenas o declarante, já que faziam o mesmo serviço no restaurante.

Segundo garantiu, ele se ofereceu para dar uma senha ao colega de trabalho, mas este começou a confrontá-lo, acertando-lhe com um chute. Neste momento, o declarante teria dito “você quer que eu te bata”, sendo desafiado pelo funcionário. Por isso, pegou uma garrafa de vinho e atingiu o homem, que caiu e não mais se levantou.

Ele contou que chamou outros funcionários para ajudarem a socorrer o agredido e que fez contato com um advogado, já que sabia que o caso terminaria na polícia.

Delito

Além do delegado de plantão e de policiais militares, estiveram no empreendimento peritos do Instituto de Criminalística (IC). O funcionário foi levado à delegacia e não precisou ser algemado, já que se manteve calmo durante todo o tempo.

Em depoimento, ele garantiu que não pretendia causar a morte do colega de trabalho e colaborou com os trabalhos policiais durante o registro do caso. A princípio, ele não teve fiança arbitrada, uma vez que foi autuado em flagrante por homicídio doloso (com intenção).

Inquérito policial deve ser finalizado nos próximos dias e encaminhado ao Ministério Público, que decidirá por qual crime o acusado irá responder. Se confirmado processo por assassinato, ele poderá pegar uma pena de até 20 anos de reclusão.

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