*Por Sueli Bravi Conte
Nos últimos meses temos nos deparados com uma série de notícias impactantes a respeito do comportamento dos jovens brasileiros. Ao longo de mais de 40 anos como educadora, conto nos dedos as vezes em que vivenciei situações como as que vemos agora com tanta frequência.
Embora para alguns possa parecer normal, não consigo me acostumar à ideia de ver crianças e adolescentes cada vez mais jovens portando seus próprios cigarros eletrônicos. Também é impossível encarar com tranquilidade a nova “moda” de cheirar pó de corretivo. O que está
Quanto mais reflito sobre o assunto, mais acredito que há uma ligação importante entre uma série de aspectos. Muitos desses jovens estão
Além dessa fase de transição, há uma importante questão
Ao mesmo tempo em que se mostram avessos às conversas, há uma necessidade enorme entre esses adolescentes de chamar a atenção e mostrar que precisam de algum tipo de ajuda. É nesse momento que os comportamentos alarmantes acontecem e que os pais precisam, reforço mais uma vez, ter um olhar atento. Citei o uso dos cigarros eletrônicos e do corretivo em pó, mas há dezenas de outras maneiras utilizadas por eles para atrair o olhar dos adultos. Praticar bullying com um colega pode ser um exemplo, assim como o desinteresse por temas que antes eram de sua preferência, a ausência frequente em sala de aula, a falta de vontade de estar em família ou em grupo para socializar, o mau humor excessivo ou rispidez em quem antes sempre foi amoroso.
Assim, acredito que é nosso papel enquanto adultos, sejamos nós pais, educadores ou responsáveis, estar constantemente atentos aos mínimos sinais de mudança de
*Sueli Bravi Conte é educadora, psicopedagoga, mestre em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com mais