O diretor do Centro Nacional de Investigação de
Epidemiologia e Microbiologia Gamaleia, Alexander Gintsburg, que produz a
vacina russa Sputnik V, contra o coronavírus, disse nesta quarta-feira (09/12)
que, ao contrário do que foi dito pela médica do Ministério da Saúde, Anna
Popova, a recomendação é que o paciente fique apenas seis dias sem beber após
se vacinar.
Popova havia aconselhado que o paciente deveria deixar de
beber duas semanas antes de tomar a vacina e só voltar a consumir álcool 43
dias depois da imunização. A declaração repercutiu não só no país, onde a
estimativa é de que cerca de 40% dos residentes consumam álcool em excesso, mas
também em outros países, que podem, no futuro, também adotar a vacina russa em
seu território.
“Uma taça de champanhe não machuca ninguém”, disse
Gintsburg, explicando que o consumo excessivo de álcool pode suprimir o sistema
imunológico e deixar a vacina inútil.
“Esta é apenas uma limitação razoável de consumo até que o
corpo tenha formado sua própria resposta imunológica à infecção por coronavírus.
E isso é verdade não apenas para o Sputnik V, mas para qualquer outra vacina”,
tranquilizou ele.
O Kremlin oferece vacina grátis aos russos, mas
pesquisas mostram que boa parte da população ainda está temerosa em se vacinar.
O país, segundo os dados informados, conta com mais de 2,5 milhões de casos e
quase 45 mil mortos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário