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Imagem: Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) |
Embora os números de casos de infectados pelo novo
coronavírus venha variando entre queda e estabilidade no país, um outro número
tem chamado a atenção, o de pacientes com sequelas mesmo após terem
supostamente se curado da doença.
No Amazonas, o governo confirmou que a ocupação de leitos no
Hospital Delphina Aziz, referência no estado para o atendimento de pacientes
com Covid-19, a ocupação de leitos chegou a 94% nesse último final de semana,
sendo que 60% desses são de pacientes com sequelas da doença.
O governador Wilson Lima negou que o estado esteja enfrentando
uma segunda onda, mas prorrogou o último decreto estadual que restringe atividades comerciais por
mais 30 dias, além de anunciar a ampliação de leitos para evitar a lotação. O
lockdown, por enquanto, segue descartado.
O governo ainda atribuiu o aumento do número de casos a
eventos eleitorais, que estão expondo a população a grandes aglomerações, muitas
vezes, sem os cuidados necessários: “Estamos preocupados com essa situação
porque estamos notando um aumento de casos a partir desses eventos. Em imagens
divulgadas nas redes sociais há multidões sem máscaras e sem respeitar o
isolamento social”, reclamou a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em
Saúde do Amazonas (FVS-AM), Rosemary Pinto.
O governador acrescentou que há pacientes há seis meses em UTI,
por conta das sequelas da doença. De acordo com o secretário executivo adjunto
de Atenção à Urgência e Emergência, Moab Amorim, em Manaus, de 3% a 4% dos
infectados apresenta algum tipo de sequela. “As principais sequelas hoje são
insuficiência renal, aguda e crônica, lesões pulmonares permanentes, em todos
os níveis e, em alguns casos, os pacientes começam a desenvolver hipertensão
crônica”.
Os dados da FVS-AM apontam que a média móvel de casos no
estado evoluiu 23% nos últimos 14 dias, enquanto que em Manaus, a alta foi de
55%. Apesar disso, o governador acredita que não será necessário reativar o
hospital de campanha.
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