A Polícia Federal realizou uma grande operação contra uma organização de tráfico internacional de drogas que tinha como base o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas e na divisa com Itupeva, na manhã desta terça-feira (06/10).
Segundo a PF, duas pessoas foram mortas ao entrar em
confronto com os policiais durante o cumprimento dos 44 mandados de busca e
apreensão e 35 de prisão temporária – incluindo um policial militar e um
policial civil – nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande
do Norte.
De acordo com reportagem do portal G1, um dos homens que foi
morto já havia sido indiciado por roubo e homicídio, enquanto que o outro não
tinha passagens pela polícia. Ambos as mortes ocorreram em Campinas e serão
apuradas pela PF.
Operação Overload
Mais de 200 policiais federais, 80 policiais militares e 6
policiais civis participam da operação, cujo nome faz referência ao excesso de
carga. Foram presos 33 homens e duas mulheres.
Realizada com apoio das polícias Civil, Militar, Rodoviária,
Receita Federal, além da corregedoria da PM, a investigação identificou que a
quadrilha aliciava funcionários do aeroporto de Viracopos, maior terminal de
cargas do Brasil, para que interferissem nas atividades de logística do
terminal.
As investigações começaram ainda em fevereiro deste ano, quando
foram apreendidos 58 quilos de cocaína no aeroporto, que seriam enviados para a
Europa.
Depois da apreensão, o trabalho de inteligência da Polícia Federal
trabalhou para identificar as pessoas envolvidas em toda a cadeia de atuação.
De acordo com as investigações, há vigilantes, operadores de tratores,
coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa,
operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições
a tripulantes e passageiros, envolvidos no esquema.
A Polícia
Federal classificou como "complexa e sofisticada" a operação da
quadrilha e dividiu em três categorias, com operadores externos, que não
pertencem ao quadro de funcionários do aeroporto e cuidavam do contato com
investidores e traficantes estrangeiros, além do aliciamento de empregados
aeroportuários; operadores internos, que eram os empregados aeroportuários
aliciados; e operadores estrangeiros, os traficantes responsáveis por receber a
droga na Europa.
Ainda segundo a reportagem do G1, “a organização também
utilizava o dinheiro do tráfico para comprar imóveis, veículos, abrir contas
bancárias em nome de terceiros, e empresas fora do país”.
Ao todo, a PF apreendeu 250 kg de drogas desde fevereiro, em cinco ações.
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