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Carolina Antunes/PR |
Nesta segunda-feira (19/10), o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que a vacina contra o Covid-19 não será obrigatória. Ele afirmou que esta decisão cabe ao Executivo Federal e que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
“O Programa Nacional de Vacinação, incluindo as vacinas
obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão de pandemia lá, mas é
bem clara: quem define isso é o ministério da Saúde, e o meu ministro da Saúde
já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”, disse ele.
Durante a conversa, o presidente também questionou decisão
no âmbito estadual. Sem citar nome, acusou um governador de ter se intitulado “o
médico do Brasil”.
“Tem um governador aí que está se intitulando o médico do
Brasil, dizendo que ela será obrigatória. Repito que não será. Da nossa parte,
a vacinação, quando estiver em condições de, depois de aprovada pelo Ministério
da Saúde e com comprovação científica, e assim mesmo tem que ser validada pela
Anvisa, daí sim nós ofereceremos ao Brasil, de forma gratuita, obviamente, mas
repito: não será obrigatória”.
Questionado por um apoiador sobre a vacina estar sendo “feita
nas coxas” e "quem é que vai tomar uma desgraça dessas?", o
presidente disse que é necessário que ela seja primeiro testada em seu país de
origem.
“É, tem que ter comprovação científica, o país que tá
oferecendo essa vacina tem que primeiro vacinar em massa os seus, depois
oferecer para os outros países. Assim muita coisa é até na área militar: você
só consegue vender um produto bélico para outro país depois que você usar em
seu território e, de forma comprovada, mostrar sua eficácia”.
Para o estado de São Paulo, o governador João Dória, que
teve vários desentendimentos com o presidente durante a pandemia, disse que a vacina
contra a Covid-19 será obrigatória e apenas pessoas com atestado médico poderão
ser liberadas de receber o imunizante.
“Em São Paulo a vacinação será obrigatória, exceto para quem
tenha orientação médica e atestado médico de que não pode tomar a vacina. E
adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido”, anunciou na
sexta-feira (16/10).
Tomar a vacina pode ser uma exigência para viagens internacionais, já que muitos países podem exigir o comprovante de imunização para permitir visitas turísticas, como já é feito com a vacina da Febre Amarela, por exemplo.
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